Gripado, trabalhei pra caramba nesse feriado, minha mãe tá com mania de discutir todo dia com alguém ... Estou sem o menor saco pra escrever, mas falei que toda segunda eu ia colocar algo aqui... tava com vontade de escrever sobre dor, mais vou deixar esse texto pra depois... preciso terminar o roteiro da roda de leitura de quinta.

Então mesmo quando tudo tá ferrado, sempre existe espaço mínimo para tentar um diálogo racional.( mesmo que o diálogo seja de si parar si).

E acredito demais na necessidade fisiológica disso...

1- Só há diálogo com desarmamento emocional: em momentos muitos tensos, as pessoas não estão preparadas para ouvir, mais para atacar ou defender.

2- Prepare-se para o diálogo: mantenha-se calmo e reflexivo.

3- Ninguém é dono da verdade: cada pessoa é um universo com sua própria verdade.

4- Ouça o outro, procurando senti-lo.

5- Ponha-se no lugar do outro; será mais fácil compreendê-lo.

6- Olhe nos olhos do outro sem desafio ou crítica.

7- Ouça ativamente de modo que o outro sinta que o está qualificando.

8- Se surgir discórdia e clima de agressividade, interrompa e convide as partes envolvidas para um novo bem estar emocional.

9- Se for difícil restabelecer um clima de tranquilidade, convide as partes para um novo encontro, sem impor um novo dia, hora e local, mas que isso surja de um consenso.

10- A decisão final deve ser satisfatória para as partes envolvidas.


Barros, Robson Motta. Conviver: a arte da comunicação eficaz. Rio de Janeiro. M. Vianna, 1995. Pág.107


Utópico ?

Agulha3al estar aprendendo algo muito difícil: não fazer, nem falar nada...


A um tempo atrás eu fui convidando a realizar uma roda de leitura para adolescentes sobre leitura, (O que eu vou falar sobre literatura), a uníca coisa que possa falar a meu favor é que sou um leitor voraz, desses de cheirar um livro e considerar um enorme caviar....



O quê é o livro?

O caso presente e como salienta Robert Escarpit, “o livro inventado a mais de quatro mil anos, não passa de uma eficiente máquina de comunicação na qual as mensagens são codificadas e podem ser reproduzidas, multiplicadas, deslocadas, recuperadas e decodificadas por qualquer indivíduo que possua a chave do código, isto é que sabia ler”.
Os meios de comunicação audiovisuais não substituirão os de comunicação textual pelo simples fato de não serem mutuamente exclusivos, mas complementares. O livro não foi morto com a invenção tipográfica, não foi morto agora, nem vai morrer no futuro.Mas a substituição de suporte é inevitável.


Como se aprende a ler

Ler é algo natural, lemos o tempo todo, só não percebemos que estamos lendo. Aprendemos a ler, vivendo.

“Quando começamos a organizar os conhecimentos adquiridos, a partir das situações que a realidade impõe e da nossa atuação nela; quando começamos a estabelecer relações entre as experiências e a tentar resolver os problemas que se nos apresentam – aí então estamos procedendo a leituras, as quais nos habilitam basicamente a ler tudo e qualquer coisa. Esse seria, digamos, o lado otimista e prazeroso do aprendizado da leitura. Dá-nos a impressão de o mundo estar ao nosso alcance; não só podemos compreende-lo, conviver com ele, mas até modifica-lo à medida que incorporamos experiências de leitura”.

A noção de leitura

Se olharmos a leitura apenas como decifração da escrita, sem se colocar o porquê, como, e para quê, estamos impossibilitando compreender verdadeiramente a função da leitura e o seu papel na vida do indivíduo e da sociedade.

Porquê (se ler): para compreender.
Como (se ler): com todos os sentidos.
Para Quê (se ler): conquistar autonomia, deixar de ler o mundo pelos olhos de outrem.

Classificações de leitura

• Recreativo
• Informativo
• Formativo
• Proposta de uma nova classe: o Deformativo

Exemplos de livros perigosos: Dom Quixote, Um suicídio, de Fabrizzi Luppo e Mein Kamp (Minha luta), de Adolf Hitler.
Explosão demográfica x Explosão bibliográfica

Isso não é uma expressão retórica, a produção mundial é da ordem de 600.000 mil títulos de livros por ano.Veja bem isso só livros, fora os filmes, seriados televisivos, periódicos: tais como jornais, blogs, sites, revistas... Se lermos somente três livros por semana (uma proporção ideal), dos 16 aos 75 teremos lido só 9.204 livros... Deve ser ler mais, mas saber o que se ler. O “amigo silencioso”; é hoje considerado – como já assinalou Ortega y Gasset – Filósofo espanhol. O inimigo enfurecido que precisamos dominar.

O bom e o mau livro

Platão há vinte e três séculos, colocou tão bem essa oposição entre o verdadeiro e o falso livro, que depois dele, todos os autores só fizeram repeti-lo ou comentá-lo. Definindo os livros, em geral, como “dizeres escritos”, Sócrates ensina que o verdadeiro livro é aquele cujo autor tem algo de novo a revelar “sementes que produzem novas sementes em outras almas” o falso livro é aquele escrito por alguém que não tinha nenhuma coisa nova a dizer.
“Uma vez escrito, um discurso sai a vagar por toda parte, não só entre os conhecedores do assunto exposto, mas também entre os que não o entendem; e nunca se pode dizer para quem serve e para quem é inútil”.

Direitos imprescritíveis do leitor

1. O direito de não ler.
2. O direito de pular páginas.
3. O direito de não terminar um livro.
4. O direito de reler.
5. O direito de ler qualquer coisa.
6. O direito ao bovarismo (doença textualmente transmissível).
7. O direito de ler em qualquer lugar.
8. O direito de ler uma frase aqui e outra ali.
9. O direito de ler em voz alta.
10. O direito de calar

Referencia bibliográfica:

Fonseca, Edson Nery, Ser ou não ser bibliotecário e outros manifestos contra a rotina.Associação dos bibliotecários do Distrito Federal, 1988.

Pennac, Daniel. Como um romance. Tradução de Leny Werneck – Rio de Janeiro: Rocco, 1993.

Platão.The dialogues de of plato. Enciclopédia Britânica, 1952. 814p.V.sete

Ortega y Gasset, José.Mission del bibliotecario e otros ensayos afines. 2.ed. Madrid, Revista de occidente, 1967. 183p.(colección el arquero).


Agulha3al - tem a meta de ler dez mil livros durante sua existência...